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Alimentação infantil de 0 a 2 anos de vida – o que ofertar e o que evitar?
Dentre diversas transformações que sobrevieram na sociedade, transcorreram inclusive alterações na ingestão alimentar influenciadas pelas experiências, convívio familiar e pelos costumes de cada lugar.
A prática de uma alimentação inapropriada na infância sofre influência diversos aspectos.
Exemplos negativos que influenciam a alimentação infantil:
- O desmame precoce;
- O não acompanhamento dos pais nas refeições dos filhos;
- O consumo de alimentos altamente calóricos;
- Substituição dos alimentos necessários a um desenvolvimento saudável, pelos processados.
A alimentação que a criança recebe, desde os primeiros anos de vida, pode manifestar repercussões no decorrer de toda a sua existência.
Nesse sentido, é considerável salientar a importância de uma conveniente formação alimentar infantil.
Para assegurar a prevenção do aparecimento de deficiências nutricionais e de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) nessa fase ou posteriormente.
4 Passos para uma adequada alimentação infantil
- Ofertar o leite materno de forma exclusiva, nos primeiros 6 meses de vida, dispensando assim, o consumo de água, chás ou quaisquer outros alimentos;
- Iniciar aos seis meses de idade a alimentação complementar da criança, de forma lenta e gradual, conservando o consumo do leite materno até os 2 anos de vida ou mais;
- Oferecer alimentos complementares como: cereais, tubérculos, carnes, frutas e legumes, de forma espessa e não liquidificada, progredindo a consistência aos poucos, até alcançar a alimentação da família;
- Estimular uma alimentação diversificada em cores e, desse modo, em nutrientes.
O que evitar nesse período?
- Utilização de fórmulas sem real necessidade;
- Iniciação da alimentação complementar antes dos primeiros seis meses;
- Consumo de açúcar, café, enlatados, embutidos, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outros industrializados;
- Ingestão de mel até o primeiro ano de vida.
Nutrientes essenciais para o desenvolvimento da criança
Durante o segundo trimestre de vida, todos os nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento da criança, são encontrados no leite materno.
A partir dos seis meses, é introduzida a alimentação complementar.
É necessário conhecer as fontes alimentares de nutrientes, os quais auxiliarão no desenvolvimento e crescimento infantil.
Alguns nutrientes de vital importância na Alimentação infantil:
– Cálcio: importante para a formação óssea e desenvolvimento dos dentes do bebê. Fontes: derivados de leite ( iogurtes, queijos), brócolis, espinafre, aveia, etc.
– Ferro: transporta oxigênio no sangue através da hemoglobina existente nos glóbulos vermelhos, auxilia no desenvolvimento cognitivo e psicomotor. Fontes: carnes, vegetais verde-escuros, leguminosas (feijões, lentilha, ervilha), castanha de caju, etc.
– Vitamina A: fundamental no fortalecimento da visão e do sistema imunológico, contribui no crescimento e facilita a renovação celular. Fontes: cenoura, mamão, abóbora, batata doce, manga, fígado, ovo, etc.
– Vitamina C: produção de pele e colágeno, fortalece o sistema imunológico, combate os radicais livres, auxilia na absorção de ferro. Fontes: acerola, goiaba, pimentões verdes, laranja, morango, papaia, brócolis, couve, salsa, couve , abacaxi, toranja, ervilhas, couve-flor, manga, etc.
– Proteína: construção e reparação de tecidos. Fontes: carnes, leite e derivados, leguminosas (feijões, lentilhas, grão de bico e ervilha), etc.
– Fibras: melhoram o trânsito intestinal, revigoram o sistema imunológico, colaboram no controle glicêmico. Fontes: frutas, legumes, verduras, cereais integrais (arroz, trigo, centeio, cevada e aveia), leguminosas (feijões, lentilhas, grão de bico e ervilha), etc.
Adequados hábitos alimentares durante a infância, evitam o aparecimento de patologias a curto e longo prazos.
Além de produzir, ao decorrer dos anos, um indivíduo capaz de realizar escolhas saudáveis.
Autora do Artigo:
Dra Fernanda Tenório – Nutricionista, graduada pela UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau. Apaixonada por alimentação saudável infantil, realizou um projeto relacionado ao consumo de alimentos industrializados nos dois primeiros anos de vida, participou de um projeto de extensão em segurança dos alimentos. Atuou nos setores social, clínico e de UAN – Unidade de Alimentação e Nutrição.
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