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Às vezes é preciso renunciar a algumas pessoas, não porque você não se importe com elas, mas porque elas não se importam com você
Por Ana Maria Toledo
Felizmente, quando você chega no patamar da renúncia já está encontrando a si mesmo, mas talvez ainda não tenha consciência disso.
Renunciar é muito doloroso, em qualquer instância.
Pensamos sobre as perdas; desesperados entendemos que nada está sob nosso controle. Lembranças, projetos, expectativas vêm á tona.
Insatisfação, lamúria e remorso destoam no pensamento. O conflito já instalado, vem agora cobrar fortemente o nosso fracasso ou a nossa mudança.
Pessoas mentalmente saudáveis tem sempre atitudes positivas em relação a si próprio; uma delas é a autodeterminação e acoplo também a autonomia, entre outras.
Qual a importância delas na nossa vida?
Garantem o nosso poder de decisão, não se deixando subjugar ou se aniquilar, seja lá qual for o motivo.
Você precisa se amar e se cuidar. Se eu amo alguém, que não me ama o suficiente, bola para frente.
Se eu permaneço nessa desvalorização de mim mesmo, devo ser ajudado de alguma forma.
Personalidade Forte
Parte de nossa personalidade é formada a partir de feridas sofridas na infância menor, que poderá está influenciando uma tomada de decisão sensata.
Independente de termos tido sofrimentos na infância, a natureza dualista de nossos pensamentos é a causa de todos os nossos sofrimentos.
Essa dualidade faz parte do ser humano, dando margem ao apego, ao medo de perder.
Renunciar e ter liberdade de viver
O ser humano que já aprendeu a redirecionar seus pensamentos, com atenção em seus conteúdos terá mais possibilidade de se liberar.
A rejeição vivenciada ou fantasiada, por algum motivo, nessa fase poderá caracterizar um adulto medroso, tímido em excesso e com dificuldade de ousar fazer mudanças significativas para a sua vida.
É muito comum encontrarmos pessoas, especialmente em consultório, que buscam ajuda para poder permanecer num relacionamento, por exemplo, mesmo não se sentindo amada.
A rejeição é a ferida do vazio, uma ferida emocional muito profunda, que dificulta o livre arbítrio.
Precisará de psiquiatra ou psicólogo? Certamente merecerá uma atenção maior desses profissionais, em suas entrevistas. Cada caso é um caso.
Renunciar: mudanças significativas
“Dar nome ao medo:
Quando o medo aflorar, chame-o suavemente e experimente o que ele faz à respiração e ao corpo, como ele afeta o coração…o medo é sempre uma antecipação do futuro, um produto da imaginação.
Observe o que acontece ao seu sentimento de confiança e bem-estar, às suas crenças a respeito do mundo…” (Jack Kornfield).
Minha mente sempre andou em busca do entendimento do grande mistério da vida. Em criança, fui adulta, como adulta, sou criança!
Imaginei, fantasiei, quando estudava longe de casa, na segunda infância, que não era amada o suficiente.
…imagino que a ferida da rejeição, naquela época desenvolveu em mim a busca da perfeição, a todo custo e uma necessidade de reconhecimento pelos outros, sensível a qualquer crítica.
Foram muitos anos de analise, meditação e outras psicoterapias. Aprendi a me enxergar interiormente, descobri minha força e minha coragem.
Não tenho medo de ousar e me expor, sou uma vencedora, muito menos tenho medo de renunciar ao que não me serve.
Autora do Artigo:
Psicóloga Ana Maria Toledo, é psicóloga há quase 40 anos, especialista em Psicologia Clínica, pós-graduada em Psicologia Infantil, Adolescente e Adulto. Atuou como Supervisora e formadora de Psicólogos pelo Centro Universitário de Alagoas – CESMAC, por mais de 30 anos.
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